“O Rancho Folclórico “As Lavradeiras de Mosteirô” tomou conhecimento do artigo publicado sobre a Feira das Colheitas, no qual o folclore arouquense foi criticado. Tendo sido visados diretamente (com fotos, exclusivamente do nosso grupo, na edição impressa) e indiretamente (pela crítica a todos os grupos folclóricos), impõem-se exercermos o nosso legal direito de resposta.
A crítica apresentada é, a nosso ver, injusta e distorce o que foi uma tarde de genuína celebração cultural. O público demonstrou claro apreço pelas atuações, que refletiram o respeito pela tradição. As referências aos “pinotes” e a comparações com “cavalos n’arena” são especialmente ofensivas e despropositadas. Os apoteóticos aplausos do público que todos os anos ali recebemos são prova disso mesmo. Podemos garantir que não houve qualquer atitude que desonrasse a memória dos nossos antepassados. As danças apresentadas foram fruto de estudo e dedicação, honrando as tradições de forma fiel e autêntica.
Quanto à menção de que as nossas mães e avós “não expunham o corpo”, é importante lembrar que o folclore é uma expressão cultural viva, em constante evolução. Não se trata de uma peça de museu, mas de um reflexo da identidade de um povo, que adapta as suas tradições aos tempos modernos, sem perder o respeito pelas suas raízes.
O folclore, por sua natureza, é plural e diverso, enriquecido pela partilha cultural entre regiões; pertence às pessoas e deve ser vivido e celebrado com liberdade, não restringido por imposições que desvirtuam a sua essência. Esperamos que este direito de resposta ajude a clarificar a verdadeira natureza do evento e o papel que grupos como o nosso desempenham na preservação e promoção da cultura popular, lamentando profundamente o desplante daquela particular autora do aludido artigo no atrevimento
de uma ofensa tão atroz ao folclore e a Arouca.” Joaquim de Jesus Ferreira, Rancho Folclórico “As Lavradeiras de Mosteirô”
Direito de resposta
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