22 de Novembro 2024
Estádio Municipal de Arouca
Espectadores: 512
Árbitro: Fábio Veríssimo (AF Leiria), auxiliado por Pedro Martins e Hugo Marques.
FC Arouca – Nico Mantl; Tiago Esgaio, Fontán, Popovic (Chico Lamba, 45) e Quaresma (Gozálbez, 60); David Simão, Fukui (Henrique Araújo, 45) e Pedro Santos (Puche, 83); Jason, Ivo Rodrigues e Trezza (Yalcin, 72).
Suplentes não utilizados: Thiago Rodrigues, Alex Pinto, Weverson e Loum.
Treinador: Vasco Seabra
Farense – Kaique; Pastor, Marco Moreno, Lucas Áfrico e Paulo Victor; Falcão, Neto (Raul Siva, 83) e Miguel Menino (Seruca, 83); Marco Matias (Jaime Pinto, 60), Darío Poveda (Rafael Barbosa, 74), Elves Baldé (Alex Bermejo, 60).
Suplentes não utilizados: Ricardo Velho, Artur Jorge, Poloni e Rivaldo.
Treinador: Tozé Marreco
Ao intervalo: 1-2
Marcador: 0-1 (Darío Poveda, 8’); 1-1 (Trezza, 15); 1-2 (Elves Baldé, 32).
Permeabilidade inicial custou a eliminatória
Uma primeira parte recheada de erros nas transições defensivas e um guardião facilitador deram largas ao Farense, que marcou logo aos 8 minutos por intermédio de Darío Poveda e fechou a primeira parte com o segundo golo apontado por Elves Baldé, um dos jogadores que mais trabalho deu ao sector mais recuado dos lobos. Antes, Trezza tinha aproveitado um falhanço defensivo dos algarvios para fazer o empate que, contudo, não contribuiu para rectificar a má entrada que a equipa arouquense teve no jogo. Uma primeira parte que, a partir dos 17 minutos, decorreu sem o treinador Vasco Seabra, expulso do jogo, e que terminou com justa vantagem dos comandados por Tozé Marreco. O FC Arouca pagava caro a factura do desacerto, mas a desvantagem mínima (1-2) deixava esperanças de momentos melhores.
Reacção sem eficácia
O FC Arouca mexeu ao intervalo e na última meia-hora foi apertando o cerco aos algarvios, chegando mesmo a ameaçar com o empate que levaria o encontro para prolongamento. Atrás, Chico Lamba tornava a defesa mais segura, mas, na frente, a força atacante, apesar da muita aplicação, batia invariavelmente na defesa bem povoada dos visitantes. Jason, Yalcin e Henrique Araújo atiraram com perigo à baliza, mas o esforço atacante estava carente de maior poder de fogo e o golo que remediaria a discussão da eliminatória não apareceu. Perante meio milhar de espectadores que compareceram no Municipal de Arouca, a festa foi do Farense, que avança agora para receber o Benfica nos oitavos de final.
ESGAIO ATINGE A MARCA DOS 100 JOGOS
Antes do início do encontro, o lateral Tiago Esgaio recebeu do presidente Carlos Pinho uma camisola comemorativa do centésimo jogo pelo clube, uma marca atingida no jogo da 10ª jornada, em Braga. O defesa de 29 anos cumpre a quarta época no Arouca.
SALA DE IMPRENSA
Vasco Seabra (treinador do FC Arouca): «Faltou sermos altamente competitivos desde o primeiro minuto até ao último. Demos a primeira parte de borla, não fomos fortes quanto desejamos ser e demos um passo atrás em relação àquilo que vínhamos a fazer. Temos que forçosamente olhar para a segunda parte com olhos e ver e perceber que somos capazes, e temos que olhar para a primeira parte com olhos de muito ver e perceber que não podemos fomos competitivos. Obviamente que isso tem a ver comigo, enquanto treinador, que tenho que conseguir que a equipa consiga durante todo o jogo ser altamente competitiva. Valorizo a postura da segunda parte e a proactividade que a equipa teve na segunda parte. Faltou meter a bola lá dentro. Penso que era justo termos conseguido mais um golo que nos levasse para prolongamento. Nós temos muita qualidade, eu acredito mesmo muito nos meus jogadores, temos uma equipa forte, capaz, mas temos que estar todos alinhados e nunca darmos nada de borla aos outros. [Acerca da expulsão] «Não tratei mal o árbitro, o futebol é emoção, a expulsão foi muito exagerada.»
Tozé Marreco (treinador do Farense): «Acho que a primeira parte foi muito boa da nossa parte, em que o Arouca, sem fazer um remate à nossa baliza, consegue chegar ao empate, de forma injusta relativamente àquilo que se estava a passar em campo. Estávamos muito fortes, muito bem, quer com bola, quer na reacção à perda. Uma primeira parte muito boa em que controlamos e, justamente, fomos em vantagem para intervalo. Na segunda parte, o Arouca entrou com mais bola, como é normal, à procura do golo do empate. Podíamos ter matado o jogo em transição. Não o fizemos, fomo-nos pôr a jeito para depois, num momento final, o Arouca poder chegar ao empate, numa altura em que baixamos.» MMS/RV (fotos: Avelino Vieira)