«O FC Arouca é uma equipa que tem apresentado bons planteis e bom futebol, então senti que continuava a dar passos em frente na minha progressão se aceitasse o desafio de vir para cá. E ainda bem que o fiz.» A afirmação é de Taichi Fukui na Revista Lobos, edição do departamento de comunicação do clube que, na sua oitava edição, dedica espaço especial ao médio japonês que ingressou esta temporada na equipa arouquense.
DO BAYERN PARA O FC AROUCA
Titular em 18 dos 23 jogos do campeonato em que foi chamado ao relvado, Fukui faz um balanço da carreira, iniciada nos japoneses do Sagan Tosu, seguindo depois para a Alemanha por apelo irrecusável do poderoso Bayern de Munique. Ainda com 19 anos e sem espaço no gigante alemão, o primeiro passo de rodagem foi a cedência ao Portimonense na época anterior, onde realizou 13 jogos. A queda dos algarvios na Liga 2, propiciou novo empréstimo, cerca de seiscentos quilómetros para norte, desta vez do Algarve para a vila de Arouca. «Já conhecer o futebol português e o FC Arouca – um dos clubes que mais me impressionaram na época passada – foi um ponto importante para que a decisão fosse mais facilitada.»
«QUERO CONTINUAR A JUSTIFICAR A APOSTA QUE FIZERAM EM MIM»
Com a época a correr bem, Fukui avança com uma primeira autoavaliação: «Sinto que o meu jogo tem crescido e sou hoje um jogador mais maduro. Sinto que o clube está satisfeito com o meu desenvolvimento e eu estou contente com o apoio que tenho recebido por parte da direção, da equipa técnica e dos meus colegas», confessa o médio nipónico, apontando ainda as motivações para um futuro que se estende até 2028, depois do clube dirigido por Carlos Pinho ter accionado a opção de compra ao colosso de Munique por um milhão de euros.
«Quero continuar a trabalhar para manter este meu crescimento e conseguir justificar a minha aposta no onze inicial do treinador Vasco Seabra», refere o jovem japonês, que recorda ainda a chegada aos lobos de Arouca, onde inicialmente contou com a ligação próxima a Nino Galovic para aprofundar a integração no novo clube. Num balneário multilingue, Fukui tem estudado inglês para ultrapassar as barreiras comunicacionais e, já adaptado à vila e ao clube, confessa que «tem sido muito agradável viver em Arouca», prometendo manter a dedicação para ajudar «a equipa a conquistar mais vitórias e continuar a crescer no campeonato.»
JOÃO E ANDRÉ ESTREIAM-SE NO FUTEBOL FEDERADO
Entre outras curiosidades e informações, a edição Lobos reserva ainda uma conversa com os gémeos Martins, ambos jogadores do plantel Sub-15, mas dotados de gostos e posições diferentes. João prefere o eixo da defesa, André a ala direita do ataque. Os dois irmãos partilham ainda a particularidade de estarem a jogar pela primeira vez futebol federado, um passo desportivo «impulsionado por amigos e familiares». Já entrosados no ambiente do futebol, recordam, ainda, que «foi muito agradável quando os nossos actuais treinadores nos convidaram para entrar no clube.» Volvidos oito meses de competição, João e André confessam a mesma opinião: «Desde que entramos para o Arouca achamos que tivemos uma evolução constante, tanto a nível físico como a nível mental, progredimos no entendimento sobre o jogo e no nosso desempenho e função em campo.» Habituais seguidores do plantel profissional, João aprecia as virtudes de Tiago Esgaio, André admira a intensidade de Trezza. Já a outro nível, o primeiro admira Rúben Dias, o segundo Bernardo Silva. «Desde que entramos para o clube, trocamos a televisão pela ida ao estádio», contam ainda os gémeos que dividem agora o mesmo emblema. MMS/RV (fotos: FCA)