No mês em que o FC Arouca comemora o 72º aniversário, a Revista Lobos, editada pelo departamento de comunicação do clube, tem como especial destaque uma entrevista ao presidente Carlos Pinho, que gere ininterruptamente o clube desde a época 2006/2007. Aos 65 anos, Carlos Pinho cumpre a 19ª época consecutiva à frente do clube da Vila de Arouca, tendo conseguido quase sempre manter ou subir o clube de divisão. Para trás estão 18 anos de gestão, uma longa caminhada marcada por apenas duas descidas de divisão.
«O clube é como um terceiro filho para mim»
Seguidor do clube desde os tempos do futebol distrital, Carlos Pinho reitera a enorme paixão que o move para estar tantos anos no comando do FC Arouca. «O meu amor pelo clube é inexplicável, é como um filho para mim», acentua o empresário arouquense, que conta com o braço direito no clube o filho Joel Pinho (director geral e membro da SDUQ) e ainda a colaboração da filha Cláudia Pinho, membro da Mesa da Assembleia Geral. Na entrevista, de cinco páginas, Carlos Pinho recorda ainda todos os grandes êxitos conquistados sob o seu mandato, desde o título de campeão distrital da AF Aveiro, até à impressionante escalada até I Liga, em apenas seis anos. O clube viria mesmo a chegar por duas vezes às provas da UEFA, nas pré-eliminatórias da Liga Europa e da Liga Conferência. «Sempre fui uma pessoa pouco susceptível de ser influenciado pela cabeça dos outros. Fui desempenhando o meu trabalho no clube com persistência e motivação. Toda a minha vida foi assim. A fazer mais e a querer mais. Ainda hoje eu quero sempre mais», confessa o presidente do FC Arouca.
«Sonhos, amor e paixão»
Desafiando a desconfiança de outros no sonho que o movia, Carlos Pinho fala com orgulho do patamar desportivo a que levou o humilde clube de Arouca. «A minha verdadeira intenção era trabalhar para um dia chegar à Primeira Liga. E a verdade é que cheguei mesmo.» «Esta é a garra que caracteriza o nosso povo e as nossas gentes. (…) Do distrito do Porto até ao distrito de Lisboa, só existe um clube na Primeira Liga, que é o FC Arouca (…) reconhecido como o maior símbolo do distrito», frisa o dirigente máximo dos lobos de Arouca. «Amor e paixão» são os sentimentos fortes, valores também que animam cada dia do clube. «O staff do nosso clube pouco altera de temporada para temporada, são excelentes profissionais que estão concentrados na missão de representar da melhor forma o nome do FC Arouca», diz Carlos Pinho.
«Tenham calma e confiem no nosso projecto»
O dirigente faz ainda um ponto da situação à posição actual do clube na liga portuguesa. «A mensagem que deixo a todos os arouquenses é que tenham calma e que continuem a confiar no nosso projecto, tal como eu confio. Vamos fazer todos os possíveis para sair da situação atual com a maior brevidade, porque sabemos que não é esta a posição que nós merecíamos estar.»
Mújica recorda bons tempo e agradece
As 79 páginas que compõe a 5ª edição da Revista Lobos disponibiliza ainda uma entrevista a ao avançado Rafa Mújica, cujo sucesso em Arouca (foi terceiro melhor marcador da I Liga) suscitou a transferência para o campeonato do Catar. «Fui muito feliz e devo muito da minha vida ao FC Arouca. O clube deu-se confiança para provar que também tinha golos em mim», afirma o goleador que passou duas temporadas no seio dos lobos arouquenses. A nova publicação digital, coordenada por André Nogueira, reserva ainda, entre outras curiosidades, várias páginas à história do clube fundado em 25 de Dezembro de 1952, então com o nome de Ginásio Clube de Arouca, mais tarde (1967) alterado para Futebol Clube de Arouca. MMS/RV (fotos: FCA)