‘Visita Guiada’ grava nova série de episódios no Brasil

A nova temporada do ‘Visita Guiada’, conduzido por Paula Moura Pinheiro, estreia a 21 de Abril, pelas 22h50, na RTP 2 [e depois disponível em RTP Play], e é composta por uma série de episódios gravados no Brasil, entre Janeiro e Fevereiro deste ano. Vão cobrir a história comum aos dois países, desde a chegada da armada de Pedro Álvares Cabral, em 1500, até à independência, já no século XIX. As terras de Vera Cruz foram também destino de muita emigração arouquense durante o século XX.


SINOPSE

O Brasil é uma invenção de Portugal. Antes de os portugueses tomarem posse das terras que vieram a chamar-se Brasil, os muitos povos indígenas viviam dispersos pelo território, sendo que parte deles eram nómadas. O Brasil como unidade territorial e política é uma criação portuguesa.

Durante oito episódios, de 50 minutos cada, Paula Moura Pinheiro conversa com oito historiadores brasileiros de referência sobre alguns dos aspetos fundamentais da história dos 322 anos em que o Brasil foi domínio de Portugal: entre 1500 e 1822. Uma história épica e violenta de que resultou um novo povo e uma nova nação.

Um nono episódio, com três histórias singulares passadas em Salvador da Bahia, em Diamantina, Minas Gerais, e no Rio de Janeiro são o extra que encerra esta nova temporada do VG, que este ano cumpriu onze anos de existência.

Num momento em que o número de brasileiros em Portugal assume uma dimensão sem precedentes, esta é uma série que desmonta equívocos e promove o conhecimento da nossa história comum.

Entrevista a Maria Fernanda Bicalho e José Pessôa, Lapa – Rio de Janeiro

EPISÓDIO 7

No séc. XVIII, o Rio de Janeiro era o porto do império português mais importante no Atlântico Sul. O triângulo comercial Rio de Janeiro-Luanda-Buenos Aires estava firmado desde meados do séc. XVII. Mas, nos anos 60 de 1700, o RJ era ainda uma cidade de negros e mestiços, escravizados e libertos, com poucos europeus, fundamentalmente clérigos e militares. As praças eram escassas, as ruas estreitas, as festas eram todas religiosas e as mulheres não tinham lugar sequer nos salões das melhores casas. Ponto estratégico no comércio com outras regiões do Brasil, outras partes das Américas, África, Oriente e Europa, o Rio de Janeiro não tinha a urbanidade expectável para a sua importância económica.

A batalha para que o Rio de Janeiro fosse designado capital do Brasil foi essencialmente travada por Gomes Freire de Andrade, o mais longevo governador da capitania, e o responsável, entre outras obras, pelo maior feito de engenharia no Brasil durante o período colonial: o aqueduto que trouxe água potável à cidade. Em 1763 e em detrimento da, também riquíssima, cidade de Salvador da Bahia, o Rio de Janeiro é finalmente elevado a capital do Brasil. Mas será com a chegada da Coroa portuguesa, em 1808, que a grande transformação do Rio de Janeiro começará a ter lugar. Ao sétimo episódio, uma visita guiada pela historiadora Maria Fernanda Bicalho, autora de referência sobre a cidade do Rio de Janeiro setecentista e as políticas do Império português para as suas possessões ultramarinas; e pelo arquiteto José Pessôa, autor em história da arquitetura e urbanismo e professor da Universidade Federal Fluminense.

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