A equipa de futebol feminino sub-17 da associação Unidos de Rossas terminou a época desportiva na AF Aveiro. O último encontro, 10ª jornada da Taça Distrital, decorreu no passado sábado, no Parque de Jogos de Sinja, e terminou com derrota tangencial, por 0-1, da equipa rossense diante da formação do Recreio de Águeda. As jovens futebolistas, orientadas por José Luís Costa e Ana Montenegro, disputaram as três competições da temporada, sendo a primeira no Campeonato Interdistrital, durante o qual realizaram um total de 17 jogos (quatro vitórias e dois empates), com realce para o apuramento e respetiva presença inédita na Liga Ouro, que juntou os melhores classificados das zonas norte e sul. Houve ainda lugar para a Taça Interdistrital, na qual a equipa foi afastada na 1ª eliminatória, concluindo agora a Taça Distrital, com uma vitória e três empates. Dados naturalmente relativizáveis face a bens maiores que são a oferta desportiva da associação sedeada em Rossas e o desenvolvimento integral e saudável das jovens atletas, que estão ainda a fazer o seu caminho, depois da estreia oficial no futebol apenas na época anterior.
A ASCD Unidos de Rossas é uma das duas colectividades do município de Arouca que compete em provas oficiais de futebol feminino, sendo a outra o Centro Juvenil Salesiano, que disputa a 3ª Divisão Nacional no escalão de seniores.
«É EVIDENTE A EVOLUÇÃO»
Ao fim de dois anos na promoção da modalidade de futebol feminino, Ana Montenegro, treinadora e membro da coordenação desportiva do UR (que dispõe ainda da secção de atletismo) fez ao Roda Viva um balanço sobre a forma como decorreu a época futebolística.
«Começamos a captar atletas sub-17 na época 2023/2024, elas próprias incentivaram o avanço do projecto, o número de entradas foi crescendo e terminamos a primeira época com 14 atletas. Nesta época 2024/2025, o plantel foi constituído por 15 futebolistas. A época começou bem, atingimos pela primeira vez a fase Gold. As meninas têm-se sentido bem, elas têm evoluído, algumas nunca tinham jogado futebol oficial, outras tiveram de se adaptar, pois praticavam apenas o futsal no desporto escolar. O grupo vai-se conhecendo e o crescimento do trabalho vai-se sentindo nos jogos», comentou a treinadora ao serviço do U. Rossas.
Decorridas duas épocas, Ana Montenegro avalia positivamente os frutos do trabalho da associação, e enaltece a «dedicação e o empenho das meninas ao longo da época, mesmo quando estão lesionadas, estão connosco sempre que podem», confessa. «Nota-se a evolução no entrosamento, na interacção entre elas, no conhecimento do grupo, a parte técnica é a mais trabalhosa, porque é necessário corrigir alguns “vícios” de quem se estreou há pouco no futebol. Os resultados ficaram aquém das nossas expectativas, houve um percalço, a equipa durante algum tempo ressentiu-se da ausência da capitã da equipa, que era uma jogadora importante no miolo da equipa, mas, infelizmente, sofreu uma lesão grave que exige vários meses de recuperação», referiu.
«O PROJECTO É PARA CONTINUAR»
O futebol feminino em Rossas está em marcha e, segundo a nossa interlocutora, é para manter, deixando ainda a porta aberta a um possível alargamento da modalidade.
«A nossa aposta no futebol feminino é para manter. Certa é a continuidade de uma equipa de sub-17. Temos também em estudo a possibilidade de criar um escalão feminino sub-15, se tivermos atletas em número suficiente. Se houver adesão de novas atletas avançaremos para a filiação deste escalão na AF Aveiro. O nosso objectivo é mantermos a formação no futebol masculino e no futebol feminino. Agradecemos o apoio de todos os que têm colaborado e apoiado o nosso projecto», concluiu Ana Montenegro. MMS/RV (texto e fotos)
