José Fontán: «Gosto de jogar numa equipa assim, que é protagonista e valente»

José Fontán, o defesa central da equipa profissional do FC Arouca, é um dos destaques da 9ª edição da Revista Lobos, publicação mensal do departamento de comunicação do clube.

Natural de Vilagarcía de Arousa [Pontevedra], Fontán tem laços familiares ao futebol – o pai foi jogador e o irmão gémeo, Javi Fontán, joga como defesa direito do Pontevedra, na quarta divisão do futebol espanhol. O novo central do FC Arouca, de 25 anos, formou-se no Celta de Vigo e chegou mesmo a estrear-se pela equipa principal, em Janeiro de 2020. Depois de ter andado cedido ao Go Ahead Eagles (I Liga dos Países Baixos) e, na época anterior, ao Cartagena, da II Liga espanhola, Fontán rumou pela primeira vez ao Arouca, onde encontrou os conterrâneos Jason, Puche e Pablo Gozálbez.


«O FC AROUCA É ATRATIVO PARA OS FUTEBOLISTAS ESPANHÓIS»

«Estava de férias em casa e o meu agente ligou-me para me contar que havia uma situação muito boa para mim que podia acontecer. Os meus agentes já tinham um feedback muito bom da I Liga e do FC Arouca, pois são os mesmos do Cristo González», recorda o ex-internacional sub-21 espanhol. «A minha mudança para Portugal e para a vila de Arouca fez-se sem arrependimentos. O campeonato português é cada vez mais atrativo para os futebolistas espanhóis e o FC Arouca é, provavelmente, o melhor exemplo disso», sublinhou.


«GOSTO DE JOGAR NESTA EQUIPA PROTAGONISTA E VALENTE»

Já com 27 jogos e um golo apontado (ao Rio Ave, 1-1), Fontán tem-se afirmado no eixo defensivo da equipa arouquense e é mesmo o segundo do plantel com mais minutos nas pernas, 2412, superados apenas pelos 2520 detidos pelo guardião alemão Nico Mantl. Dizendo-se já bem ambientado, o central espanhol enaltece a cultura dos lobos de Arouca. «Temos um grupo muito bom e isso é o mais importante numa equipa. O FC Arouca é uma equipa com qualidade em todos os setores. Eu gosto de jogar numa equipa assim, que é protagonista e valente. Somos um grupo muito ambicioso, quero ajudar a equipa a acabar o campeonato o mais acima possível», prometeu o jogador, que agradece ainda o apoio incondicional dos adeptos arouquenses.


«SÉRGIO RAMOS É O MEU ÍDOLO»

Fontán revelou ainda os ídolos que o inspiram nos caminhos do futebol. «Sou um admirador da Seleção de Espanha que se sagrou campeã da Europa e do Mundo. Sérgio Ramos foi sempre um ídolo para mim. Encantava-me vê-lo jogar, mas também me concentrava muito nos outros jogadores que jogavam ao lado dele, como o Piquet ou o Puyol», confessa o espanhol do Arouca, que tem contrato com os lobos até junho de 2026.


ANTIGO MÉDIO LUÍS TEIXEIRA, NO CAMPO E NA ESCRITA

A edição “Lobos” reserva ainda uma entrevista a Luís Teixeira, antigo médio da equipa arouquense e autor da única história do futebol em Arouca – “60 Anos de Futebol em Arouca”, livro apresentado a 11 de Maio de 2013.  Luís ‘Pardieiro’ ou ‘Pardi’, como era também conhecido no universo do futebol arouquense, elege duas das muitas memórias que colecionou no futebol: uma, a estreia, aos 18 anos, na equipa principal, ainda no campeonato distrital de 2004/2005; a outra, a subida inédita dos arouquenses à Segunda Liga, na temporada 2009/2010, sob o comando de Henrique Nunes.


«SUBIR À II LIGA FOI UM DIA ESPECIAL»

«Consciente de que o clube estava no momento mais alto de toda a sua história, e, sendo eu um jogador da terra, esse dia foi para mim, de facto, especial», refere, ao recordar a entrada em campo pouco antes do avançado Hélder Siva fazer o 2-1 sobre o Moreirense que atirou o Arouca para o patamar do futebol profissional. Uma entrevista em que Luís Teixeira destaca ainda algumas das principais figuras da equipa, como Pedro Santos, «o melhor jogador com quem joguei», e o capitão Jorge Leitão, «pelo carisma e forma de estar perante o grupo».


O TRABALHO DE CARLOS PINHO

O médio arouquense confessa que, depois de tantos anos e tantos fins-de-semana ocupados com o futebol, agora já não vai ao estádio, mas evidencia «o enorme carisma do Arouca» e o impacto do presidente Carlos Pinho na história do clube. “É inevitável não elogiarmos o trabalho que tem vindo a ser feito pelo presidente Carlos Pinho e a restante direção, ao longo destes quase 20 anos. Não convém esquecer, por exemplo, que depois da euforia das primeiras temporadas na Primeira Liga e da consequente participação nas competições europeias, o clube acabou por cair duas vezes e, mesmo assim, teve a perseverança para voltar a estar entre os grandes e a colocar o nome da vila na Europa.»


«O MEU LIVRO É UM POÇO DE INFORMAÇÃO»

Quanto à obra única que narra a história do futebol em Arouca, Luís Teixeira dá nota do apurado trabalho de pesquisa que realizou. «Noto alguma ingenuidade no modo de escrita, pois tinha apenas 27 anos quando o escrevi. No entanto, penso que a obra é sem dúvida uma mais-valia para o clube e para os adeptos. O livro é um poço de informação, não só desportiva, mas também cultural de Arouca. Está lá tudo», diz o autor que representou o clube desde os tempos da formação. MMS/RV (fotos: FCA)

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