Joel Pinho: «O FC Arouca já é conhecido no estrangeiro por valorizar jogadores»

O director geral do FC Arouca, Joel Pinho, foi um dos oradores no primeiro dia da grande cimeira do Futebol, o Thinking Football Summit, organizado pela Liga Futebol, e que decorreu esta quinta-feira na Super Bock Arena, no Porto. Com a sala Talent Room completamente cheia, o dirigente agarrou a plateia do início ao fim da conversa, ao abordar o sucesso de um clube que é considerado ‘case study’. Nos últimos dez anos o ‘Arouca’ conseguiu duas qualificações para as provas europeias, e pelo meio teve uma queda no Campeonato de Portugal, a que se seguiu uma ascensão meteórica de volta à Liga Portugal Betclic, com duas subidas em dois anos.

«Perder e ganhar faz parte, há que saber conviver com ambas as realidades. Procuramos sempre melhorar, mas a verdade é ao longo deste tempo não mudámos assim tanto a nossa forma de trabalhar, a nossa forma de gerir, a nossa estrutura», vincou, garantindo que tem a palavra final em todas as decisões e garantindo que há uma regra sagrada na família, pelo facto de o pai, Carlos Pinho, ser o presidente. «A minha mãe proibiu-nos de falar de futebol lá em casa», revelou, com boa disposição.


«HÁ JOGADORES QUE ESTÃO “MEIOS MORTOS” E ACREDITAMOS QUE OS PODEMOS RESSUSCITAR»

Considerando que a localização geográfica da vila de Arouca é uma vantagem na captação de jogadores para a equipa principal, pelo «ambiente calmo e familiar», embora constitua uma limitação ao nível do recrutamento para as camadas jovens, Joel Pinho falou depois do estrondoso encaixe financeiro do clube esta época, no mercado de transferências, na ordem dos 20 milhões de euros, com a venda de jogadores como Rafa Mujica e Cristo González, que tiveram uma valorização relâmpago.

«Não há segredo e não é de agora a nossa estratégia de abordagem ao mercado. Procuramos talento em todo o mundo e temos especial atenção a jogadores que sabemos que têm valor, que têm escola, mas que por vezes estão meio ‘mortos’. Acreditamos que os podemos ressuscitar, noutro contexto, e felizmente isso tem acontecido, de tal forma que hoje, quando vamos negociar contratações, o FC Arouca já é conhecido no estrangeiro por valorizar jogadores, o que também nos ajuda», frisou o director geral do clube. RV/LP

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