O Fórum Comunitário de Canelas e Espiunca anuncia a sessão “Avanços da Cultura e da Ciência em Doenças Neoplásicas” com o reconhecido médico Manuel Sobrinho Simões, num momento que será também de homenagem a Manuel Valério, fundador do Museu das Trilobites, onde decorrerá esta iniciativa.
É já no próximo dia 7 de Dezembro, sábado, às 14h30 que decorre este evento, promovido pelo Fórum Comunitário, que tem vindo a desenvolver iniciativas diversas, priorizando, nos últimos tempos, a área da saúde.
Desta vez, pretende-se fornecer à comunidade mais informação sobre a temática do cancro, bem como aumentar as ferramentas disponíveis para lidar com estas situações, das quais ninguém se pode considerar livre.
Em simultâneo, esta ocasião será também uma homenagem a Manuel Valério, com alguns testemunhos de trabalhadores e amigos que com ele conviveram e contribuíram para a construção do museu e preservação do nosso património, entre outros momentos e iniciativas a revelar no decorrer da sessão.
A sessão é aberta a toda a comunidade e a entrada é gratuita, pelo que o Fórum Comunitário convida todas as pessoas a marcarem presença, neste que será um momento de aprendizagem e reflexão sobre um assunto revestido de grande pertinência para todos/as.
Manuel Sobrinho Simões tem raízes em Arouca e, em 2015, foi eleito o patologista mais influente do mundo pela revista britânica The Patologist. Em 2017, ano da sua jubilação, foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada, entre outros prémios e distinções que tem vindo a acumular ao longo da vida. Médico do Centro Hospitalar São João e professor e investigador da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, fundou, em 1989, o Instituto de investigação IPATIMUP, que se tornou uma referência no estudo do cancro.
Fundador e proprietário do Museu das Trilobites, Manuel Valério foi distinguido com a Medalha de Mérito Municipal, Grau de Ouro, pelo seu estudo e trabalho de preservação e divulgação dos fósseis da Louseira de Canelas. Foi um dos grandes promotores e responsáveis pela criação do Arouca Geoparque Mundial da Unesco, onde um dos pontos de visita mais importantes é o Museu das Trilobites, que alberga alguns dos maiores exemplares do mundo. Perdeu-se a sua presença física, em 2021, resistindo um vasto legado de preservação do património natural e cultural, sobretudo da sua freguesia, Canelas.
Fórum Comunitário de Canelas e Espiunca apresentado a investigadores internacionais
O Fórum Comunitário de Canelas e Espiunca, iniciativa aberta a toda a comunidade, foi apresentado em dois eventos académicos internacionais, tendo suscitado o interesse e curiosidade de investigadores de diferentes universidades e países como Espanha, França, Suíça, entre outros.
No dia 31 de Outubro, na Universidade Nova de Lisboa, no âmbito do IX Seminário Internacional sobre Ação Pública e Desigualdades, foi apresentada a comunicação “A mobilização dos recursos comunitários – o caso do Fórum Comunitário de Canelas e Espiunca (Arouca)”.
Mais recentemente, no dia 13 de Novembro, no ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa, no âmbito da IV Conferência Internacional sobre “Social Solidarity Economy & the Commons” (Economia Solidária Social & Bens Comuns), foi apresentada a comunicação “Making with the community – the case of the Community Forum of Canelas and Espiunca, in the rural interior of Portugal” (“Fazendo com a comunidade – o caso do Fórum Comunitário de Canelas e Espiunca, no interior rural de Portugal”).
Estes trabalhos estão a ser desenvolvidos por Rogério Roque Amaro, professor jubilado do ISCTE, Cátia Cardoso, doutoranda em Sociologia investigando no Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, e Sara Sacur, mestre em Nutrição Clínica pela Universidade do Porto, sendo os três membros do secretariado do Fórum Comunitário de Canelas e Espiunca.
Assentes numa lógica próxima do conceito científico de investigação-ação, estes trabalhos revelam a consistência e o potencial do projecto comunitário que tem vindo a ser desenvolvido em Canelas e Espiunca desde Setembro de 2022 e que visa contribuir para a coesão social da União de Freguesias, ajudar as pessoas a resolver questões em diversas áreas (saúde, educação, segurança, cultura, etc.) e ser um ponto de encontro de instituições e população.
