Termina este domingo a Competição de Saltos Nacional que decorre desde sexta-feira no Quintãs Equestrian Center, na vila de Arouca. Em competição estão 140 conjuntos que disputam diferentes provas homologadas pela Federação Equestre Portuguesa. O novo complexo dedicado ao hipismo, mas também à componente turística, estreou-se precisamente há um ano nas primeiras provas de saltos de âmbito nacional e prossegue este ano com a segunda edição, que já acolhe vários dos melhores cavaleiros nacionais.
Nova página internacional
No próximo fim-de-semana [3, 4 e 5 de Maio], o centro equestre de Arouca recebe pela primeira vez uma competição de nível internacional – o Portugal Horses Tour 2024, que trará a Arouca cavaleiros de sete países. Apesar de o complexo não estar ainda concluído, trata-se de um enorme passo em frente no prestígio nacional e internacional do centro hípico de Arouca idealizado pelo empresário arouquense Jorge Ferreira, com quem RODA VIVA conversou.
Está a terminar esta competição nacional, mas tem já à porta a primeira versão internacional do Quintãs Equestrian Center…
«No próximo fim-de-semana teremos o concurso internacional de saltos, com o aval da Federação Equestre Europeia, em que estarão representados sete países. A certificação do nosso centro está já aprovada pela federação para realizarmos qualquer evento nacional ou internacional ao mais alto nível.»
Como encara estes rápidos progressos do seu centro equestre?
«Estou muito satisfeito pelo feedback que os cavaleiros nos transmitem. Segundo eles, este é um projecto fantástico, não há em Portugal uma estrutura deste género e ainda estamos a metade da obra. Espero que no próximo ano tenhamos mais gente, mais cavaleiros. Neste momento, esgotamos a capacidade, temos lista de espera para o concurso internacional.»
Projectou um centro equestre de alta qualidade, mas, além da componente desportiva, idealizou também uma forte vertente turística…
«O centro equestre vai estar integrado num hotel de cinco estrelas, vai ter quinze apartamentos, estamos a falar de uma estrutura de luxo que, na minha opinião, vai ser um grande contributo para ampliarmos o turismo de grande qualidade em Arouca.»
Boas assistências. O público tem correspondido…
«Os cavalos e o hipismo fazem sentido se nós conseguirmos trazer os nossos conterrâneos a este centro. Não fazia sentido termos algo muito elitista só para quem tem dinheiro. Por isso a entrada é gratuita e continuará a sê-lo nos próximos anos porque eu gostaria que os nossos conterrâneos continuassem a assistir e a conhecer melhor o hipismo. É um desporto de família, as pessoas podem conviver e mesmo comer no nosso centro, as pessoas podem divertir-se, podem entrar e sair, podem desfrutar conforme desejarem. Agradeço às pessoas pela sua presença.»
O que falta ainda fazer no complexo?
«Ainda estamos a metade da obra. A fase I está pronta, a fase II está quase terminada, temos a fase III, a das boxes, onde, neste concurso, temos instalados 130 cavalos em belíssimas condições. Temos ainda a fase IV, a dos apartamentos, piscina e spa… prevejo dois anos para tudo estar concluído.»
Idealizou uma obra ímpar no nosso município e já com projecção nacional e internacional…
«Eu só faria isto se fosse na minha terra. Tenho o sonho de pôr Arouca no mundo dos cavalos internacionalmente, conseguir atrair à nossa terra gente que nunca viria, por mais bonita que Arouca seja, se não tivéssemos eventos deste tipo. Os melhores cavaleiros de Portugal estão cá.»
Está já a preparar a primeira participação internacional. Como vai ser?
«O nosso centro equestre vai integrar o Portugal Horses Tour 2024, uma prova internacional pontuada, que vai iniciar-se precisamente em Arouca. É uma rota que envolve cinco organizadores, tem um prize money de 205 mil euros, terá as próximas etapas em Ponte de Lima, Matosinhos, Pedras Salgadas e terminará em Esposende. É uma forma de pôr o nosso desporto mais unido e com maior projecção. Evidentemente, estão cumpridas pelo nosso centro todas as exigências regulamentares, que são muito rigorosas, para este tipo de competições», concluiu Jorge Ferreira. MMS/RV
