José Albino Oliveira, 52 anos, lidera a Junta de Freguesia de Escariz desde 2017, podendo ainda concorrer a um terceiro mandato nas eleições autárquicas de 2025. Figura ligada ao desporto distrital e nacional, tem dado continuidade ao trabalho desenvolvido pelos anteriores autarcas da freguesia – Albino Oliveira e Fernanda Oliveira – é um político discreto mas assertivo, e tem dirigido os destinos da freguesia com rigor e eficiência.
Escariz tem sido um dos pilares da maioria socialista na Câmara Municipal, apesar de nas eleições nacionais ser um bastião social-democrata.
José Albino Oliveira é um dos autarcas do PS a seguir com atenção para voos mais altos no executivo camarário. JCS
Que balanço faz do segundo mandato, que termina em 2025, à frente dos destinos da freguesia de Escariz?
Relativamente à primeira metade do meu segundo mandato na gestão da Junta de Freguesia de Escariz faço um balanço positivo. Este período foi marcada por um elevado ritmo de trabalho, que permitiu iniciar a concretização de algumas das obras planeadas no decorrer do primeiro mandato; reforçar os recursos humanos ao dispor da Junta de Freguesia e investir em equipamentos com o objectivo de dar uma melhor resposta às necessidades da comunidade; acelerar a reorganização e modernização administrativa da Junta, traduzida numa gestão mais eficiente e transparente; e a promoção de várias actividades nas áreas desportiva, cultural e ocupacional, com o objectivo de promover o convívio, o bem estar entre os escarizenses e simultaneamente atrair pessoas ao nosso território.
O que espera ainda concretizar?
A minha filosofia – fazer sempre mais e melhor – não permite que esteja satisfeito e até ao final do mandato tenho como objectivo concretizar as intenções que apresentei no meu programa eleitoral, das quais destaco a construção do estaleiro da freguesia que, em minha opinião, é uma estrutura essencial para optimizar as operações de logística da Junta de Freguesia. Tenho ainda como principais prioridades implementar um maior dinamismo na área sócio-cultural e dar continuidade ao trabalho de planeamento e elaboração de projectos, de forma a garantir o desenvolvimento do território nos próximos anos.
Tem apostado em eventos desportivos. Conseguiu colocar a freguesia a mexer-se?
A prática desportiva é um excelente veículo para a promoção da saúde, do convívio, da inclusão e do bem estar da população. Acredito que os eventos são um factor que influencia positivamente a nossa comunidade e simultaneamente promove a imagem do nosso território e a nossa economia. A sensação que tenho é que a freguesia de Escariz hoje é detentora de uma dinâmica assinalável, que resulta da oferta, não só de eventos, mas também de equipamentos para a prática desportiva, nomeadamente o complexo desportivo municipal, constituído pelo ginásio e piscinas, os equipamentos ‘fitness’ instalados em parques públicos, nos quais tenho intenção de reforçar a oferta, e ainda os projectos (ginásios privados) de jovens empreendedores que contribuem para diversificar as opções. Posso afirmar com convicção que a freguesia de Escariz está a “mexer-se”.
Infelizmente, nos últimos tempos têm ocorrido vários acidentes rodoviários em Escariz. Há algumas justificações para tal?
O aumento da sinistralidade rodoviária na freguesia de Escariz é um facto indesmentível. Entre os principais factores, que contribuem para o aumento de acidentes no nosso território, está o significativo aumento de tráfego rodoviário, resultante do fluxo de trânsito oriundo da variante EN 327, que está a colocar sobre pressão algumas vias rodoviárias da freguesia, nomeadamente a EM 519 troço Abelheira/Alagoas, via onde está localizado um dos pontos críticos (cruzamento das Alagoas) da sinistralidade no nosso território e não está preparada para a intensidade de trânsito que acolhe actualmente, em particular de veículos pesados.
Outro factor está associado à condução sem o respeito pelas regras básicas rodoviárias e pelo desrespeito dos limites de velocidade dentro das localidades e na variante.
Pela primeira vez, o actual executivo municipal deixou de ter um vereador no executivo do ‘fundo do concelho’, apesar da expressiva votação do PS em Escariz nas últimas autárquicas. Tal atitude de Margarida Belém foi uma desconsideração para a zona poente do território?
Sem desprimor pelo trabalho desenvolvido nas últimas décadas pelos vereadores da zona poente do território de Arouca, que realizaram um trabalho extraordinário, que por si só, demonstra a capacidade e competência dos autarcas que têm merecido a confiança dos escarizenses, acredito que Margarida Belém, na escolha dos elementos que integraram a sua equipa, fê-lo com base em critérios como a confiança pessoal e a competência das pessoas e não na consideração por determinadas zonas do território. No entanto, em minha opinião, tendo em conta que Arouca tem um território muito disperso, um executivo municipal composto por vereadores oriundos de diferentes zonas do concelho, para além de ter uma maior representatividade do território, poderá conferir ao executivo uma visão mais abrangente das necessidades da população.
(entrevista completa na próxima edição impressa do RODA VIVA jornal)