VITOR AROUCA
|
|
|
Areia na engrenagem
|
|
|
Conclusão da variante adiada
|
OPINIÃO | O plano nacional de recuperação e resiliência, apoiado pela 'bazuca' europeia, não contempla o fecho da variante em Arouca
|
|
O Governo disponibilizou para consulta o documento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que se encontrará até 1 de março em consulta pública. O PRR é de aplicação nacional, com um período de execução até 2026, com recursos que ascendem a cerca de 14 mil M€ de subvenções, estabelece "um conjunto de reformas e de investimentos que permitirão ao país retomar o crescimento económico sustentado". Numa leitura atenta a este documento, podemos verificar uma serie de investimentos em mobilidade e transportes. No entanto a conclusão da "Variante" no troço em falta que liga Tropeço a Escariz não é um dos investimentos prioritários, não havendo qualquer referência a este no documento. Podemos assim, nesta fase, concluir que esperaremos mais uns anos largos até que a ligação Arouca à Feira seja uma realidade. Relembre-se que esta obra que foi denominada "a mãe de todas as obras" teve o seu início em 2001. A realidade com que hoje nos deparamos faz-me recuar a agosto de 2018, altura em que o PSD Arouca apresentou uma proposta para a criação de 3 faixas de ultrapassagem no troço da EN326 entre Tropeço e Escariz com um custo de cerca de 250.000,00€. A proposta apresentada, alguns meses antes do início da reabilitação a este troço foi sujeito, não colheu qualquer recetividade por parte do executivo socialista, sendo referido que esta proposta iria acrescentar mais areia na engrenagem de um processo já de si complexo. Pois bem, sem a areia que o PSD Arouca iria trazer para a engrenagem, o processo parece-me igualmente complexo ao ponto de não vislumbrar nos próximos anos qualquer investimento e os arouquenses continuarem a percorrer diariamente a EN326 sem o conforto e segurança que 3 faixas de ultrapassagem nos locais designados iria oferecer. Mesmo com a famosa "bazuca" europeia estaremos condenados a esperar mais uns largos anos para que a "mãe de todas as obras" seja uma realidade. Enquanto assim for estaremos a hipotecar o futuro das nossas empresas e das nossas gentes. 2021-02-20
|
|
|